OPTAR POR CINCO OU DEZ ANOS
Falta menos de uma semana para os Portugueses exercerem, mais uma vez, um direito inalianável em democracia: votar!
Desta vez vamos escolher um Presidente da República que renderá em Belém Jorge Sampaio.
As opções que se encontram em cima da mesa são tão diversas, mas só duas são realmente alternativas num duelo que aparentemente está desequilibrado, mas só no próximo domingo os portugueses decidirão e consequentemente se verá se afinal as sondagens que apontam numa direcção estão correctas ou não.
A opção que os Portugueses terão afinal que fazer é, entre Mário Soares e Cavaco Silva.
Votar Soares é, votar num político competente, sabedor e experiente.
Votar Soares é, votar na estabilidade institucional, é votar na experiência de poder, é votar na capacidade para unir e concertar, para projectar valores, para mobilizar e para gerar confiança.
Votar Soares é, renovar a confiança em alguém que já demonstrou no passado recente que o cargo de Presidente deve ser exercido a partir de uma postura clara e frontal.
Votar Soares é, garantir em Belém alguém que nunca virou a cara às dificuldades e esteve sempre presente nos momentos difíceis.
Votar Soares é, garantir alguém que tem todas as condições indispensáveis para ajudar a devolver a confiança aos Portugueses e ajudar a reforçar a confiança em Portugal.
Votar Soares é, reconhecer o notável testemunho que ele está a dar nesta campanha em prol da vida e da forma como ela deve ser encarada numa clara demonstração de vitalidade e cidadania.
Votar no candidato da direita é, votar em alguém frequentemente ambíguo e dissimulado. É votar nos silêncios e tabus. É votar em alguém cujo pensamento quase ninguém conhece. É votar em alguém que não tem opinião sobre muitos dos problemas que afligem o nosso Povo e o nosso Portugal.
Votar no candidato da direita é dar um voto em branco em alguém que promete tudo resolver, sem para isso ter poderes, esquecendo ou ignorando os verdadeiros poderes de um Presidente da República.
Votar no candidato da direita é, votar em alguém que no passado foi suficientemente arrogante para não ler jornais, ter sempre razão e ver nos outros órgãos de soberania autênticas forças de bloqueio.
Meus caros leitores, independentemente das vossas opções partidárias o que no próximo dia 22 de janeiro está verdadeiramente em jogo é sabermos o que queremos.
É escolher entre cinco anos de um Soares moderador, congregador, árbitro, regulador político, provedor e uma referência permanente para os cidadãos, a Nação e o Estado, ou dez anos de um Cavaco ambíguo, com um passado político intermitente, que só sabe existir sozinho, qual homem providencial que tudo promete.
Faça a sua escolha, qualquer que ela seja, mas não deixe de participar neste acto cívico. Vá votar!
Crónica publicada no jornal regional "Povo da Beira" no dia 17 de Janeiro de 2006
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