TIMOR-LESTE: QUE FUTURO?
Com a indigitação de Xanana Gusmão para Primeiro Ministro de Timor Leste, na sequência das eleições legislativas, o clima de insegurança e alguns actos de violência voltaram a ser "normais" no território timorense.
É certo que o partido vencedor, a Fretilin, não foi convidado a formar Governo, mas também é uma verdade que o somatório dos restantes partidos que se prontificaram ou negociaram apoiar um Governo liderado pelo histórico Xanana, representam a maioria dos votos expressos nas urnas e portanto esta é face a actual situação política do país a menos má das soluções possíveis. Importa agora fazer prevalecer o espírito democrátici, esquecer rivalidades étnicas ou tribais e juntar vontades em torno de um Governo que tem de ser de todos os Timorenses. Se assim não fôr o futuro de Timor-Leste apresenta-se sombrio e as conquistas conseguidas nomeadamente o reconhecimento internacional da sua indepêndencia e os apoios para a consolidação da jovem democracia podem cair por terra e a luta de tantos e tantos anos poderá ter sido um esforço e sacrifício inúteis.
Lembrar aqueles que tombaram em luta pela liberdade! Apoiar aqueles que sofreram nas montanhas durante a luta de guerrilha! Juntar esforços com aqueles que, quer no estrangeiro quer nos cárceres indonésios lutaram em nome de todo um Povo! Estas são atitudes indispensáveis para que os timorenses possam vir a usufruir de um país livre, democrático, tolerante, seguro mas também capaz de dar aos seus habitantes uma vida com futuro onde se vislumbre num horizonte mais ou menos próximo, casas condignas, educação, trabalho, enfim condições de vida condignas. Há condições para que isso venha a acontecer.
Resta saber se os timorenses saberão esperar e encontrar os caminhos para que isso venha acontecer! Para isso vão precisar de ser mais tolerantes e não alimentar posições radicais daqueles que veêm na violência o caminho mais rápido para o abismo.
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